quinta-feira, 27 de outubro de 2016

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ensaio_2: Ventosas e visitas....


Começamos às 17h com o Coro as minhas valentes amigas do grupo de teatro A.M.O.R.: Adélia, Bia, Lúcia, Maria Helena e Mina. Lá andámos a fabricar ritmos, músicas, sussurrar e num instantinho chegaram as malditas 19h. E lá abalou o meu coro de cidadãs valentes e generosas.


Voltei às 20h e comecei a montar o espaço de ensaio. Desta vez ligeiramente diferente, apesar de ter exactamente os mesmos elementos.
E comecei o "aquecimento", a que gosto mais de chamar "a chegada". Entre andar, balançar, empurrar e puxar, surge a ventosa. A ventosa das patas dos felinos, da estrela do mar... E não sei como chego ao cão, chego ao pássaro: o que têm eles a ver com ventosas!?!? e com as ressonâncias, vibrações de Zygmunt Molik? Para mim fluiram sem necesidade de grandes explicações lógicas e foi a forma de chegar ao texto, mais uma vez feito "estendal" e de que descobri a sombra durante "a chegada".
E estando a apropriar-me do texto da 1ª cena, sinto-me ouvida, escutada e lá estava a Zarinha... que bom! e no final a Zé estava lá. O coração sobressaltou-se-me de alegria. "A Andreia está a chegar e o André está lá em baixo e já vem". Tão bom. "Enquanto esperamos vou-lhes ler a cena IV que ainda não li em voz alta". E lá me lancei ao texto. E surgem-me nas mão os punhos do Creonte, as mãos abertas da Antígona e as entrelaçadas da Isménia. Talvez, porque não?
Chega o André. Enquanto esperamos pela Andreia, vamos introduzir o Beckett nesta Antígona tão cheia já de participantes. 11 passos para a frente. 11 passos para trás. Como um pêndulo, sem paragens, sem criatividades, sem marcações nas voltas...
E proponho que recomecemos as leituras. Que delicia dançar, ou fazer as minhas evoluções, como diria o Sr. Antunes, ao som das vozes deles. As vozes, os tons, os risos a ecoarem, E já com a Andreia, viajamos juntos nas 4 primeiras cenas e 5 coros, . Que saudades e que bom que foi.
Mas ainda queria brincar, ainda queria algumas fotos...  Há qualquer coisa nos bonecos, escadas, sombras, que me está a apaixonar






sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Obrigada, TAE! Cena IV pronta a ser lida.




É do grande caos interior que se pare a estrela que dança. Li esta frase atribuída ao Nietzsche na estação Parque do Metro em Lisboa. Se ele o diz....
Acabei finalmente a cena IV. 
Obrigada a quem me acompanhou: o meu querido Cocteau, a maravilhosa Maria Helena Rocha Vieira, o querido Anouille, o inseparável Brecht e mais uma vez o meu querido amigo António Pedro.
 A ecoar-me aos  ouvidos e na alma as vozes dos actores do TAE (Teatro Amador de Estremoz), que tão generosamente me acompanharam na 1ª fase desta viagem. E me apresentaram o espaço. E que espero me visitem de vez em quando.

Ecos do ensaio de ontem

Efeitos de luz:

A tralha e o caos não é só na escrita:



quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Ensaio 1 a solo



Este é provavelmente um dos espaços mais bonitos, ou pelo dos mais inspirador onde alguma vez trabalhei/ pesquisei/ criei: o salão de baile da Sociedade dos Artistas Estremocense, aliás todo o edifício é edificante, passe o pleonasmo. Parece que parou no tempo.

Ontem no final do ensaio, o espaço estava assim.

No aquecimento apareceu a palavra afagar
(árabe khalaqatratar com bondadepolir)
verbo transitivo
1. Passar a mão por cima degeralmente de forma carinhosafazer afagos a. = ACARICIARACARINHARMIMAR
2. Tratar com afago. = ACARINHAR
3. [Figurado]  Ter prazer em pensar em. = ACALENTARALIMENTARNUTRIR
4. [Técnica Eliminar ou diminuir irregularidades ou asperezas de uma superfície. = ALISARAPLAINARPOLIR


"afagar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/afagar [consultado em 13-10-2016].

E os textos pendurados vão tomando corpo

Assim como os efeitos de luz e elementos. Ontem diverti-me à grande e fotografei, cá vai: